segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cometendo Versos...

Tento em rimas exprimir
Aquilo em meu peito vive
Nos versos da cantiga
Te mostrar um sentimento


Mas o dom da rima me falta
Então agrupo versos soltos
Tentando amarra-los em estrofes
Que por sua vez se reúnam em poesia


Porque é poesia o que eu sinto
Poesia viva, que dança no compasso do surdo-coração
Poesia que é sentida por causa de você


Daí fiz esse soneto, bagunçado e sem ritmo 
Sem rimar amor com dor, porque assim somos nós dois
Uma emaranhado atrapalhado que se transforma em poesias



domingo, 6 de novembro de 2011

Feminismo, machismo e afins...

Andei pensando muito sobre isso ( é, eu sou loira, mas faço duas coisas ao mesmo tempo).
Eu vivo num lugar onde os homens são MUITO machistas, e machismo me incomoda MUITO. Fico emputecida de ver homens que acham que as mulheres são seres inferiores, que mulher e burra, que toda mulher é fácil. Homens que pensam que mulher é objeto, que não deve sentir prazer, que não deve ir a luta e todos esses clichÊs.
Mas aí eu pergunto a você que é um dos meus 4 leitores, quem cria o homem machista?
Nós mesmo cara leitora, nós as mulheres!
O machismo vem de berço, as piadinhas com o tamanho do órgão genital quando o menino nasce, a infame piadinha "segurem suas cabritas que meu bode está solto", e assim se perpetua a cultura.
Vivemos numa sociedade que não ensina o homem a respeitar a mulher, e sim a mulher a se "dar o respeito" ( não use roupa curta, não seja assanhada, não use decotes, não paquere descaradamente, não ligue no dia seguinte, não chame palavrão, não demonstre seus desejos, não dê logo, seja difícil, mulher não pode beber muito, menina comportada senta assim...)
Deixando claro que eu não estou fazendo apologia a vulgaridade ok?
Mas não é sobre machismo essencialmente que eu quero falar, é sobre uma coisa que pra mim pode ser tão nociva quanto: o feminismo.

Antes de continuar um alerta: esse post vai ser longo!

Eu acho massa o movimento de libertação das mulheres, dou graças a Deus de ter nascido numa geração que já tem muitos direitos garantidos e por não ter que passar por tudo minhas avós passaram. Dou o maior valor a luta pela independência financeira, pela igualdade no mercado de trabalho, igualdade política, de direitos. Eu sou tão capaz quanto qualquer homem. E ainda temos muito pelo que lutar.
Mas será que o feminismo radical não é tão perigoso quanto o machismo?
Sei lá, eu aplaudo a queima de sutiãs, imagino o sentido libertador que isso teve pras mulheres na época, eu adoraria queimar os meus, mas sou meio despeitada e preciso do auxílio deles pra dar uma melhorada (falo mesmo), mas quer troço mais desconfortável que sutiã?
Só acho que as coisas andam passando um pouco dos limites, na França as mulheres estão se mobilizando por acharem errado apenas as casadas serem chamadas de Madame, dizem que isso as identifica como propriedade do marido, aqui no Brasil as mulheres quando casam não tem querido mais adotar o sobrenome do marido pelo mesmo motivo, pra mim isso é meio piração.
Não quer se submeter a padrões de beleza? Ótimo, seja feliz do jeito que for, mas dizer que faz isso porque não quer estar inserida no padrão estético que os homens consideram ideal?
Se ofender com qualquer piada?
Uma conhecida disse que não permitia a filha dela brincar de casinha porque não ia cria-la pra ser capacho de homem nenhum (oi?)
Acho que a mulher de tanto lutar pela liberdade e pela igualdade, em alguns aspectos acabou mesmo se igualando ao homem, inclusive no radicalismo.

Eu sou tão competente quanto qualquer homem, tenho a mesma capacidade, mereço os mesmos direitos e reconhecimento pelos meus esforços de  maneira igualitária. NÃO ADMITO ser julgada inferior fisicamente ou intelectualmente por ser mulher ( é, eu sou mulher, loira e nordestina, prato cheio pra virar piada)
Mas, eu adoro certas diferenças e não me incomodo de mante-las.
Adoro que o homem abra a porta do carro pra mim. É obrigação dele? Não. Vou me sentir mal se ele não o fizer? Não, provavelmente nem vou notar. Mas vou adorar se ele tiver esse gesto de atenção. Do mesmo jeito que não acho errado mulheres que tomam a iniciativa com homens, de jeito nenhum, até faço o mesmo se for preciso, mas prefiro que a iniciativa da conquista seja do homem, gosto de ser cortejada, escolhida. Eu sou careta e antiquada mesmo, to nem aí!
Eu adoro ser mulher, adoro todas as frescurites de mulher. Adoro usar salto alto, maquiagem, escovar os cabelos, usar saias, brincos. Me fascina a ideia de carregar alguém no ventre, de ser o cerne da família, de agregar, quero ser matrona mesmo!
Mas também quero um braço forte que me faça sentir pequena e acolhida, quero alguém pra me salvar de uma barata ( olha que eu mato barata e abro vidro de palmito)...
Quero ser independente, profissional reconhecida e até chefiar homens, mas voltar pra casa, fazer pão e levar os chinelos do meu marido pra sala. Isso me faz menos mulher?

Cansei de feminismo, agora eu vou ser feminina!

Expressando, exprimindo, espremendo...

Esse é um post motivado pela TPM.
Pensando bem, é feio culpar a TPM por tudo. Então esse é um post motivado pela falta de inspiração, mas isso seria contraditório já que eu vou aqui tentar expressar o que eu sinto, exprimir meus pensamentos, espremer meu coração e fazer escorrer tudo. Prepare-se, vai sair um monte de coisa, se não estiver preparado nem leia.
Essa postagem é por causa da sua mão sabe? Porque ela não está ao meu alcance, e eu estou com vontade de estralar teus dedos, adoro brincar com os dedos de quem gosto e ando querendo muito ficar de mãos dadas.
Estou escrevendo esse post por causa da sua voz, ando numa saudade danada dela, tua voz te torna real.
É também por causa do teu cheiro, cheiro que me pego imaginando. Inclua no rol da culpa o teu abraço, meus braços andam sempre na espera de te enlaçar, calculando qual seria o tamanho do teu corpo e do teu abraço.
Estou postando porque hoje estou sensível, meio saudosa, meio com vontade de chorar, de fugir pro teu colo, me aninhar, deitar a cabeça no te colo e conversar aquelas bobagens pro tempo passar. E também porque as vezes eu me dou conta de que te quero bem e porque quero sair da abstração para a consumação, a consumição, mas isso não vai acontecer.
Quer saber?
Acho que esse post é culpa tua!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Sobre amigos, Rock in Rio, Coldplay

Ou simplesmente  o poder da música...


O Brasil assistiu nos últimos dias um dos maiores festivais de música da nossa história. De volta a seu lugar de origem o RiR arrebanhou milhares de pessoas a se extasiar com sucessos do momento e artistas já consagrados pela experiência.
Depoimentos de quem estava lá são unânimes num ponto: a música une gerações.
Uma conhecida estava emocionadíssima por poder curtir o show do Metallica com seus filhos. Meu pai viu Elton John pela TV, acompanhando cada detalhe e satisfeito por me ver curtindo e cantarolando "Good Bye Yellow Brick Road", sua música predileta ( o show foi lindo lindo).


Pessoas de vários lugares, credos, etnias, visões políticas, gerações estavam lá curtindo, cantando juntos sem pensar nas diferenças, unidos pelo amor a uma banda ou um artista.
Ou seja,  por mais diferente que você seja de outra pessoa, algo em comum pode te unir a ela.


Quando criança ia a missa e ficava prestando atenção nas músicas, o som dos sinos antes da leitura do evangelho, a entonação da voz do padre e dos fiéis. Sempre fui fascinada por música,  sons, melodias. A sonoridade das coisas que me prende.
Música pra mim é algo especial, de família. É ver meu pai, meu irmão e meu tio com o violão. Vovó cantando sempre. É uma coisa que nos une e identifica. Minha maior frustração é não ter talento musical nenhum!


Acredito que a música pode salvar pessoas, abrir cabeças, tocar corações. Exemplos disso não faltam. 
Música como forma de protesto, de escárnio, de amor, de louvor, de humor.


Mas voltando ao RiR, pude experimentar aqui, da minha cadeira, momentos deliciosos durante o festival. Acompanhei os shows que mais gosto com pessoas que gosto demais.  Mesmo não estando lá, valeu a pena ficar acordada até tarde, brigar com o sono e ver tudo pela TV ou pc.
A música uniu um grupo muito legal de gente que se gosta e se respeita.
Demos muita risada, dedicamos canções, compartilhamos memórias, fizemos muitos comentários, rimos ainda mais, choramos um bocado também e estreitamos nossos laços. A música nos proporcionou isso!
Foram momentos muito especiais e divertidos, agradeço aos meus amigos por te me dado acesso a suas emoções, assim como por terem se aberto para as minhas.


Um dia vou contar isso pros meus netos, enquanto ensino a eles uma canção "dos meus tempos".




Pra ilustrar tudo isso e reviver esses momentos:


Elton John- Your Song

Coldplay- Viva La Vida

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Querer Bem

...Eu quero tanto bem a tu!

Sempre ouvi muito minha vó me dizer isso.
Ela nunca disse "eu te amo" e isso sempre ficou na minha cabeça.
Com o passar do tempo fui entendendo o significado dessa expressão. Querer bem é amar muito,
é ter um amor especial, é ter chamego, carinho, apego.
Querer bem é amor que não cabe no peito.
É um carinho que palavras não expressam.
É pensar: Poxa, como eu gosto dessa pessoa!
É paixão junto com amor.

Engraçado como os sentimentos tem diferentes "aplicações", por algumas pessoas temos afinidade, por outras respeito, ou simpatia, apenas amizade,  carinho. Mas tem aquelas que são especiais, não importa de que jeito, aquelas que a gente quer sempre por perto, porque são pessoas que fazem bem e o coração fica mais leve por elas estarem nele, a essas a gente quer bem.


Esse post bobinho de hoje é pra todo mundo que eu quero "tanto bem". Que eu não deixe de fazer vocês saberem disso.


Aahhh, bruta flor do querer...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Sobre o amor...

Esse fim de semana meus avós completam 51 anos de casamento. Isso é mais que o dobro do tempo que eu tenho de vida e nesses quase 23 anos eu já me apaixonei tantas vezes, sofri e chorei por amor, me recuperei e me encantei por outros homens (ta não foram tantos assim), enquanto eles dividem a vida há 51 anos. Meu avós são daquele tipo de casal que emana amor, você olha pra eles e vê que são felizes, minha vó ainda olha apaixonada para o meu avô.
Eles se conheceram no trabalho, vovô não deu bola a princípio e vovó gostou dele em silêncio vários anos, até que o destino resolveu uni-los, casaram-se num casamento duplo, contrariando as previsões de que isso dava azar. Enfrentaram dificuldades, tiveram filhos. Vovó é toda festeira, colorida, alegre, canta o dia todo, extrovertida, vovô é caladão, sério, na dele e eles se completam, se entendem.
Eu que estou aqui, recolhendo pedaços do meu coração, procurando um caminho pra seguir, sem sabe se luto ou deixo pra lá, fico me perguntando se terei essa sorte. Encontrei o homem que me completa, que eu amo, mas o destino me pregou uma peça, talvez não seja pra ficarmos juntos, então eu creio que é sorte mesmo, a vida tem seus eleitos pra dar esse presente.
Quando olho pros meus avós, vejo que história felizes existem e o que a gente pode fazer é observar e aprender tudo que pudermos, se não der pra viver uma história igual, vale se deixar contagiar pelo amor e felicidade plena.