quinta-feira, 25 de julho de 2013

Sobre fé, emoções e Franciscos...

A visita do Papa Francisco ao Brasil tem me feito vir as lágrimas. Não porque eu seja a católica mais fervorosa do mundo e a figura dele me leve a histeria, só o Nando Reis conseguiria isso. O que me emociona é ver a fé a e a comoção das pessoas. Nos dias de hoje que o mundo anda tão espinhoso ( ai que papo clichê) e ter fé parece ser motivo de piada e crachá de burrice.
(abrindo um parentese explicativo: sou totalmente a favor da liberdade de credo ou não credo, detesto proselitismo religioso, pregação fora de hora, fanatismo e tais, e sou totalmente contra julgar caráter por religião. Todos temos obrigação de ser honestos, retos e decentes independentes de fé, aliás tenho medo de quem só age correto por que acha que Deus ta vigiando. Mas parece que ser ateu virou "cult" e quem acredita em Deus é bitolado, burro, ignorante ou como já ouvi muitas vezes "acredita em contos de fadas", tenho muitos amigos ateus e eles sabem: eu não prego pra eles e eles não duvidam da minha inteligência, pronto. Fechando o parentese.)

Voltando ao assunto, me emociona muito ver as demostrações de fé das pessoas, como tem gente que crê no amor do Criador, a união das pessoas, a juventude unida num propósito, a esperança no amanhã, a fé naquilo que não se pode ver, mas se acredita com toda a força, porque essa mesma fé não permite ver, mas permite sentir.
Aliás, me da até uma certa "inveja" ( no bom sentido por assim dizer) dessas pessoas, porque eu queria muito ter mais fé. Eu que tantas vezes me desespero com coisas mínimas, me preocupo e embarco no pessimismo, que tantas vezes deixo o medo tomar conta de mim, queria ter mais fé. Quantas vezes em momentos ruins me pegando rezando só por "desencargo de consciência", não por não acreditar na existência de um Deus que move montanhas, mas por simplesmente não conseguir por fé nas minhas palavras...Tantas vezes pedi a Ele para frutificar o meu grão de mostarda...
Acompanhando nos noticiários a multidão aglomerada pra ver o Papa, e tantas pessoas agradecendo graças alcançadas, fazendo promessas, levando objetos para serem abençoados. Quase sempre os pedidos delas são para outras pessoas: o rapaz que agradece a recuperação da esposa, a mãe que pede emprego pro filho, a esposa que quer a benção nas alianças.. Isso é lindo de ver, a abnegação de pedir pelo outro ao invés de pedir por si. Quando rezamos de verdade, de coração aberto, nos conectamos com o coração de Deus, desnudamos a alma das coisas ruins, enviamos na oração nossos melhores pensamentos e pedidos mais sinceros. Rezar por alguém é um ato de amor infinito. Ver pessoas sentindo esse amor, me comove de felicidade.

Ontem vi a notícia de um bebê recém nascido achado numa caixa de sapatos em Salvador, ele foi resgatado pela polícia e chamado pela equipe de Francisco, em homenagem ao Papa. Quando vi a foto daquela criança numa caixinha de papelão meu coração doeu e chorei de tristeza, me senti impotente, quis acolhe-la nos braços.
Hoje ouvindo na Tv a fala de um dos policiais responsáveis pelo resgate, um deles disse algo do tipo "encontrar o bebê foi como um sopro de vida". Aquele bebê, encontrando numa situação tão triste poderia ter morrido, mas foi salvo pelas mãos de quem vê as piores coisas do todos os dias e acendeu neles um novo encanto pela vida, preciso nem dizer que me emocionei de novo.

E agora percebi que estou ficando muito prolixa!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Me habituei a ver você quase todos os dias mesmo depois de tanto tempo. Te vejo sempre em toda menininha do cabelo cacheado, adivinho nelas aquela sua risada gostosa, sempre olho e penso que você era daquele tamaninho quando te conheci.
Ainda assisto Discovery Kids, os desenhos que você assistia, mesmo sabendo que já deve ser muito bobinho pra você. Mas olha, eu ainda faço a dança de abrir a Pop e sei a música dos Backyardigans.
Lembro dos seus olhinhos de jabuticaba e me pego pensando de forma eles veem o mundo agora, as descobertas que você faz e não pode mais me contar com a aquela expressão entusiasmada.
Imagino como você está agora, lembro das suas mãozinhas segurando nas minhas, ou tapando meus olhos pra gente brincar. Acho que elas perderam aquela fofurinha de quem a pouco deixou de ser um bebê. Você deve estar tão grande. Queria saber se já chegou na minha cintura.
Ainda penso em você quando numa loja vejo enfeites para cabelo, lembra que te dei uma bolsinha cheia deles? Me disseram que você cortou os cabelos e eu não tenho nem noção de como ficou.
Você ainda gosta da Moranguinho? Nunca vou me esquecer do dia que fiz o bolo da Moranguinho pro seus parabéns e você quando me viu se jogou nos meus braços.
Aliás, sabe aqueles bolinhos de chocolate? Nunca mais os fiz, só tinha graça faze-los pra você.
Ainda me pego lembrando e rindo das suas gracinhas, pensando que agora você já sabe ler. Tem tantas histórias legais que eu queria te dar.
Ainda me lembro com um mal estar do dia que você me rejeitou, me olhando como se eu te assustasse. Eu vi que aquela menininha que eu queria tanto bem tinha medo de falar comigo, e por mais que eu quisesse te pegar no colo e explicar a situação, eu não podia, não tinha esse direito, você só era "emprestada" a mim.
Engraçado como tem sentimentos que não mudam mesmo que as situações e outros sentimentos se transformem em outros completamente diferentes. Meu coração ainda guarda o mesmo lugar pra você e pro seu irmão, mesmo que vocês não sejam nada meus, mesmo que eu não tenha o direito de querer-los tanto e fazer parte da vida de vocês. Vocês fazem parte da minha vida e da minha história, me ensinaram uma forma nova de amar, um amor que não é egoísta e que sabe deixar ir. Obrigada.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Quase soneto

Oito postes iluminam a avenida
E o céu negro acima de nós
Um manto escuro, um véu
Velando cabeça e coração

Chove na roseira
Que só tem rosa em botão
São 31 fechadas em si
Por falta de um cravo pra completar o jardim

Trazendo o cravo na mão
Fez as rosas abrirem pro mundo
Colheu-as pra si e fez um lindo buquê

Então agora se ilumina o céu
Com um sorriso ascendedor de estrelas
Clareia a avenida e a vida.

O buquê está na mão
O cravo juntou-se a rosa
Os postes de nada servem, o escuro não existe.

Lembra minha luz? Foi você quem me deu!






domingo, 8 de janeiro de 2012

Significâncias

Saudade: substantivo feminino. Do latim: solitate. 1- Quando alguém vai embora, mas esquece de sair de dentro de nós
2- Quando guardamos no peito algo que não nos pertence mais
3- Quando o passado se faz presente
4- Dorzinha aguda e espizinhante que atinge o coração de quem vai ou de quem fica.
5- Maneira de manter perto quem está muito longe
6- Guardar no coração e na cabeça o cheiro, a voz, o gosto, o toque, as sensações e impressões e esperar com força tudo isso se tornar real de novo...




Paixão: substantivo feminino. Do latim patior (sofrer ou suportar algo muito difícil). 1-Sentir corpo, cabeça e mente queimarem num fogo que refrigera a alma.
2- Cegueira temporária que antecede a visão ampliada causada pelo amor ( ver verbete)
3- Força que nos faz achar que tudo é fácil, viável e possível.




Amor: substantivo masculino. Do latim amor. 1-Quando se tem motivos pra deixar, mas se sente forte pra não o fazer
2- Sentimento que faz o coração ficar maior, de modo que possa conter o mundo
3- Mistura de racionalidade com emoção
4- Diz-se do estado em que se vê dificuldades e intempéries mas também oportunidades e superação
5- Alcance da força extraordinária que você acha que tem na paixão
6- Momento em se que se percebe que quem chegou a pouco, deve ter sempre estado ali.






Fonte: Mini Dicionário da Língua Portuguesa- Marina Monteiro.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cometendo Versos...

Tento em rimas exprimir
Aquilo em meu peito vive
Nos versos da cantiga
Te mostrar um sentimento


Mas o dom da rima me falta
Então agrupo versos soltos
Tentando amarra-los em estrofes
Que por sua vez se reúnam em poesia


Porque é poesia o que eu sinto
Poesia viva, que dança no compasso do surdo-coração
Poesia que é sentida por causa de você


Daí fiz esse soneto, bagunçado e sem ritmo 
Sem rimar amor com dor, porque assim somos nós dois
Uma emaranhado atrapalhado que se transforma em poesias



domingo, 6 de novembro de 2011

Feminismo, machismo e afins...

Andei pensando muito sobre isso ( é, eu sou loira, mas faço duas coisas ao mesmo tempo).
Eu vivo num lugar onde os homens são MUITO machistas, e machismo me incomoda MUITO. Fico emputecida de ver homens que acham que as mulheres são seres inferiores, que mulher e burra, que toda mulher é fácil. Homens que pensam que mulher é objeto, que não deve sentir prazer, que não deve ir a luta e todos esses clichÊs.
Mas aí eu pergunto a você que é um dos meus 4 leitores, quem cria o homem machista?
Nós mesmo cara leitora, nós as mulheres!
O machismo vem de berço, as piadinhas com o tamanho do órgão genital quando o menino nasce, a infame piadinha "segurem suas cabritas que meu bode está solto", e assim se perpetua a cultura.
Vivemos numa sociedade que não ensina o homem a respeitar a mulher, e sim a mulher a se "dar o respeito" ( não use roupa curta, não seja assanhada, não use decotes, não paquere descaradamente, não ligue no dia seguinte, não chame palavrão, não demonstre seus desejos, não dê logo, seja difícil, mulher não pode beber muito, menina comportada senta assim...)
Deixando claro que eu não estou fazendo apologia a vulgaridade ok?
Mas não é sobre machismo essencialmente que eu quero falar, é sobre uma coisa que pra mim pode ser tão nociva quanto: o feminismo.

Antes de continuar um alerta: esse post vai ser longo!

Eu acho massa o movimento de libertação das mulheres, dou graças a Deus de ter nascido numa geração que já tem muitos direitos garantidos e por não ter que passar por tudo minhas avós passaram. Dou o maior valor a luta pela independência financeira, pela igualdade no mercado de trabalho, igualdade política, de direitos. Eu sou tão capaz quanto qualquer homem. E ainda temos muito pelo que lutar.
Mas será que o feminismo radical não é tão perigoso quanto o machismo?
Sei lá, eu aplaudo a queima de sutiãs, imagino o sentido libertador que isso teve pras mulheres na época, eu adoraria queimar os meus, mas sou meio despeitada e preciso do auxílio deles pra dar uma melhorada (falo mesmo), mas quer troço mais desconfortável que sutiã?
Só acho que as coisas andam passando um pouco dos limites, na França as mulheres estão se mobilizando por acharem errado apenas as casadas serem chamadas de Madame, dizem que isso as identifica como propriedade do marido, aqui no Brasil as mulheres quando casam não tem querido mais adotar o sobrenome do marido pelo mesmo motivo, pra mim isso é meio piração.
Não quer se submeter a padrões de beleza? Ótimo, seja feliz do jeito que for, mas dizer que faz isso porque não quer estar inserida no padrão estético que os homens consideram ideal?
Se ofender com qualquer piada?
Uma conhecida disse que não permitia a filha dela brincar de casinha porque não ia cria-la pra ser capacho de homem nenhum (oi?)
Acho que a mulher de tanto lutar pela liberdade e pela igualdade, em alguns aspectos acabou mesmo se igualando ao homem, inclusive no radicalismo.

Eu sou tão competente quanto qualquer homem, tenho a mesma capacidade, mereço os mesmos direitos e reconhecimento pelos meus esforços de  maneira igualitária. NÃO ADMITO ser julgada inferior fisicamente ou intelectualmente por ser mulher ( é, eu sou mulher, loira e nordestina, prato cheio pra virar piada)
Mas, eu adoro certas diferenças e não me incomodo de mante-las.
Adoro que o homem abra a porta do carro pra mim. É obrigação dele? Não. Vou me sentir mal se ele não o fizer? Não, provavelmente nem vou notar. Mas vou adorar se ele tiver esse gesto de atenção. Do mesmo jeito que não acho errado mulheres que tomam a iniciativa com homens, de jeito nenhum, até faço o mesmo se for preciso, mas prefiro que a iniciativa da conquista seja do homem, gosto de ser cortejada, escolhida. Eu sou careta e antiquada mesmo, to nem aí!
Eu adoro ser mulher, adoro todas as frescurites de mulher. Adoro usar salto alto, maquiagem, escovar os cabelos, usar saias, brincos. Me fascina a ideia de carregar alguém no ventre, de ser o cerne da família, de agregar, quero ser matrona mesmo!
Mas também quero um braço forte que me faça sentir pequena e acolhida, quero alguém pra me salvar de uma barata ( olha que eu mato barata e abro vidro de palmito)...
Quero ser independente, profissional reconhecida e até chefiar homens, mas voltar pra casa, fazer pão e levar os chinelos do meu marido pra sala. Isso me faz menos mulher?

Cansei de feminismo, agora eu vou ser feminina!

Expressando, exprimindo, espremendo...

Esse é um post motivado pela TPM.
Pensando bem, é feio culpar a TPM por tudo. Então esse é um post motivado pela falta de inspiração, mas isso seria contraditório já que eu vou aqui tentar expressar o que eu sinto, exprimir meus pensamentos, espremer meu coração e fazer escorrer tudo. Prepare-se, vai sair um monte de coisa, se não estiver preparado nem leia.
Essa postagem é por causa da sua mão sabe? Porque ela não está ao meu alcance, e eu estou com vontade de estralar teus dedos, adoro brincar com os dedos de quem gosto e ando querendo muito ficar de mãos dadas.
Estou escrevendo esse post por causa da sua voz, ando numa saudade danada dela, tua voz te torna real.
É também por causa do teu cheiro, cheiro que me pego imaginando. Inclua no rol da culpa o teu abraço, meus braços andam sempre na espera de te enlaçar, calculando qual seria o tamanho do teu corpo e do teu abraço.
Estou postando porque hoje estou sensível, meio saudosa, meio com vontade de chorar, de fugir pro teu colo, me aninhar, deitar a cabeça no te colo e conversar aquelas bobagens pro tempo passar. E também porque as vezes eu me dou conta de que te quero bem e porque quero sair da abstração para a consumação, a consumição, mas isso não vai acontecer.
Quer saber?
Acho que esse post é culpa tua!