quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Me habituei a ver você quase todos os dias mesmo depois de tanto tempo. Te vejo sempre em toda menininha do cabelo cacheado, adivinho nelas aquela sua risada gostosa, sempre olho e penso que você era daquele tamaninho quando te conheci.
Ainda assisto Discovery Kids, os desenhos que você assistia, mesmo sabendo que já deve ser muito bobinho pra você. Mas olha, eu ainda faço a dança de abrir a Pop e sei a música dos Backyardigans.
Lembro dos seus olhinhos de jabuticaba e me pego pensando de forma eles veem o mundo agora, as descobertas que você faz e não pode mais me contar com a aquela expressão entusiasmada.
Imagino como você está agora, lembro das suas mãozinhas segurando nas minhas, ou tapando meus olhos pra gente brincar. Acho que elas perderam aquela fofurinha de quem a pouco deixou de ser um bebê. Você deve estar tão grande. Queria saber se já chegou na minha cintura.
Ainda penso em você quando numa loja vejo enfeites para cabelo, lembra que te dei uma bolsinha cheia deles? Me disseram que você cortou os cabelos e eu não tenho nem noção de como ficou.
Você ainda gosta da Moranguinho? Nunca vou me esquecer do dia que fiz o bolo da Moranguinho pro seus parabéns e você quando me viu se jogou nos meus braços.
Aliás, sabe aqueles bolinhos de chocolate? Nunca mais os fiz, só tinha graça faze-los pra você.
Ainda me pego lembrando e rindo das suas gracinhas, pensando que agora você já sabe ler. Tem tantas histórias legais que eu queria te dar.
Ainda me lembro com um mal estar do dia que você me rejeitou, me olhando como se eu te assustasse. Eu vi que aquela menininha que eu queria tanto bem tinha medo de falar comigo, e por mais que eu quisesse te pegar no colo e explicar a situação, eu não podia, não tinha esse direito, você só era "emprestada" a mim.
Engraçado como tem sentimentos que não mudam mesmo que as situações e outros sentimentos se transformem em outros completamente diferentes. Meu coração ainda guarda o mesmo lugar pra você e pro seu irmão, mesmo que vocês não sejam nada meus, mesmo que eu não tenha o direito de querer-los tanto e fazer parte da vida de vocês. Vocês fazem parte da minha vida e da minha história, me ensinaram uma forma nova de amar, um amor que não é egoísta e que sabe deixar ir. Obrigada.

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